Olá a todos! Sou o Dr. Cezar Wilson Bastos Coimbra (CRM-SP 72854), médico oncologista da Onco Care | Oncoclínicas. O mês de maio é dedicado à conscientização sobre o câncer de ovário. Estou aqui para oferecer algumas orientações e falar um pouco sobre essa doença.
O mês de maio é um mês de conscientização sobre o câncer de ovário, e eu estou aqui para falar um pouco sobre essa doença e dar algumas orientações.
O câncer de ovário é a segunda neoplasia mais prevalente entre as mulheres, perdendo apenas para a neoplasia do útero. Tem uma incidência importante, a gente tem estatísticas mais confiáveis americanas, mas em 2022, foram quase 20.000 casos, então é um tumor de uma prevalência importante. Esse tipo de tumor geralmente aparece de forma silenciosa e insidiosa, tornando fundamental a conscientização sobre seus sinais e sintomas, além do diagnóstico precoce e da avaliação clínica regular.
Sinais e Sintomas
Os sintomas do câncer de ovário podem incluir uma sensação de peso no abdômen, peso na barriga, na parte baixa do abdômen, às vezes sensação de inchaço, e que leva muitas vezes a sintomas digestivos, confundindo com quadros digestivos de má digestão, quadros que a pessoa refere que come e sente logo cheia, de gases, então é muito importante atentar para isso, principalmente mulheres na faixa dos 50 e 60 anos. No entanto, quando esses sintomas aparecem, a doença já pode estar em um estágio avançado, o que torna essencial a detecção precoce e a avaliação clínica de rotina.
O que recomendamos é o que chamamos de “screening” — exames preventivos regulares para o câncer de ovário. Embora o benefício desse screening na população geral seja questionável, ele é especialmente encorajado para grupos de maior risco. Esse grupo inclui mulheres com história familiar de neoplasias do trato genital feminino, neoplasias mamárias, neoplasias intestinais ou casos de câncer de próstata em homens da família. Essas mulheres podem portar certos genes que aumentam a frequência do câncer de ovário, principalmente em idades mais jovens.
Para a população geral, recomendamos avaliações de rotina a partir dos 50 anos. Para pacientes com rica história familiar, essa avaliação deve começar mais cedo, a partir dos 30 anos. A avaliação básica seria feita com o profissional da ginecologia e mastologia. A gente recomenda que seja feito, como são tumores que às vezes podem ter uma história nesse grupo de risco, nunca esqueça de atenção com a mama, mas para o câncer de ovário geralmente incluem, ultrassom, ultrassom neovaginal e às vezes alguns exames de sangue – isso é um pouco questionado, quando eu falei para todas as pessoas, mas nesses grupos de alto risco a gente encoraja.
Basicamente o que as pessoas de uma forma geral devem se atentar é para terem uma avaliação ginecológica sempre que a mulher já estiver a partir da idade fértil, principalmente já no início da sua fase adulta, anualmente, durante até pelo menos oos 70-75 anos de vida no mínimo. E essa avaliação deve ser feita com o profissional da área de ginecologia e o profissional da área de mastologia.
Tratamento
Os tratamentos para o câncer de ovário geralmente envolvem cirurgia seguida de quimioterapia, ou quimioterapia seguida de cirurgia, dependendo do estágio da doença, e da avaliação do médico e do cirurgião onco-ginecológico. A história familiar e a pesquisa de genes específicos podem influenciar diretamente o tratamento e o prognóstico da paciente.
Após o tratamento, a paciente passa por um programa de controle. Se ela tiver algum desses genes, é muito importante que ela e seus familiares passem por um programa de aconselhamento genético, porque isso pode implicar num controle um acompanhamento não só para o tumor dessa paciente, do tumor de ovário que foi tratado, mas para possíveis outros tumores que possam ocorrer, assim como para seus familiares. Existem algumas alterações genéticas em câncer de ovário que podem estar presentes em familiares do sexo masculino, que podem levar a aumento de risco, por exemplo, de câncer de próstata.
Os exames são feitos periodicamente. O intervalo dos exames logo após o tratamento geralmente é feito num período mais curto, a cada 4 meses. Isso depende do risco que a paciente tinha, ou seja, do que a gente chama de estágio da doença. Dos estágios iniciais até estágio mais avançados, o controle pode ser um pouquinho mais tranquilo ou um pouquinho mais intenso, um pouquinho mais restrito. É feito com exames clínicos com consultas regulares e com exames de sangue e exames de imagem periódica, por um período mínimo de 5 anos, podendo ser estendido de forma anual. Encorajamos as mulheres a manterem acompanhamento anual com seu ginecologista e mastologista, mesmo após o período mais crítico, entre 6 e 8 anos após o tratamento.
Estilo de vida e fatores de prevenção
Não há um hábito de prevenção específico para o câncer de ovário, mas uma vida saudável com dieta apropriada pode ajudar na prevenção de várias doenças, seja o câncer ou doenças cardiovasculares, por exemplo. A dieta mediterrânea, rica em legumes, verduras, frutos do mar e pobre em processados, enlatados e gordurosos, é recomendada. O consumo de álcool deve ser moderado.
A atividade física está intimamente ligada à prevenção de vários tipos de neoplasia, a obesidade leva o pior prognóstico em câncer de mama em câncer de endométrio. A gente encoraja muito a prática regular de atividade física, o controle de peso, a ingesta moderada de açúcares de carboidratos, e alimentação rica em proteínas e nesses alimentos. E o que a gente chama dar uma prioridade a dieta mediterrânea, que é a dieta proativa, dieta que a gente chama imunológica, e evitar a dieta basicamente americana, que é a dieta inflamatória que a gente vulgarmente chama. Esses são hábitos de vida hábitos de vida que eu poderia dizer para uma vida saudável de forma geral.
Conheça o seu próprio corpo, que o corpo muitas vezes dá sinais. Como eu falei a avaliação clínica periódica é importante, porém muitas vezes as doenças podem nos surpreender e aparecer entre essas avaliações. Então conhecer o corpo é muito importante porque ele dá sinais. No câncer de ovário, principalmente, a gente às vezes começa com massas ou tumores na pelve, no ovário, e que podem crescer e se espalhar para o peritônio, que é uma gordura que cobre entre os órgãos alças intestinais. Isso pode produzir um líquido, pode produzir um inchaço, então a gente deve se atentar para isso: aumento do volume abdominal, aumento do volume da barriga, que a gente chama. A sensação de gases, a sensação que é vulgarmente chamada, do empachamento, ou seja, que a gente chama de plenitude, que a pessoa come um pouquinho e já fica logo saciado. Como eu volto a enfatizar, às vezes essas simulam doenças do aparelho digestivo, então a gente deve ficar atento a isso e às vezes procurar já o médico. às vezes independente do clínico. procurar o seu ginecologista, porque às vezes pode estar ligado a uma patologia ginecológica.
Aparecimento de nódulos de nódulos na virilha, por exemplo. Nódulos em outros pontos que a gente chama de linfonodos, vulgarmente chamado de ínguas. Então ter muita atenção para isso, pois pode levar essas massas a inchaço nas pernas, ter atenção a isso também, e à vezes a sangramento vaginal, dor na região pélvica da mulher, todos esses sintomas e esses sinais a pessoa deve ficar atenta e não esperar isso se agravar, isso se intensificar
Espero que essas informações tenham sido úteis. Confira o blog da Onco Care | Oncoclínicas para mais informações relevantes sobre oncologia e saúde em geral. Tenham uma ótima semana, até breve!